Por: Dr. Eduardo Diniz - Cirurgião vascular - CRM/DF 11.870
Publicado em 05/01/2018 - Atualizado 31/01/2019
Entender o que é trombofilia é importante, principalmente, para as mulheres que estão grávidas. Não se trata, especificamente, de uma doença, e sim de uma condição em que há maior predisposição para o surgimento de uma trombose.
Uma das causas possíveis para a trombofilia é a hereditariedade. A outra maneira de a condição se desenvolver é por fatores adquiridos que facilitam a formação de coágulos no sangue, como:
Geralmente, nos casos de trombofilia adquirida, surge, nas pacientes, a síndrome antifosfolípide, em que há a produção de um anticorpo que incita a coagulação do sangue e maior risco para a saúde.
Mulheres que já tiveram trombose ao menos uma vez antes da gestação precisam ter maior atenção à saúde durante a gravidez, pois a probabilidade de que um novo coágulo surja no período gestacional é maior.
Nem sempre é possível identificar o que é trombofilia pelos sintomas. Às vezes, a mulher grávida não percebe nada de diferente no corpo, nem identifica qualquer sensação diferente das habituais da gestação. Mas precisa ficar alerta quando observa o surgimento de um inchaço súbito nas pernas.
Outros sinais que podem denunciar problemas na corrente sanguínea são:
Esses sinais são os mesmos presentes em pacientes com trombose venosa profunda e são percebidos, na maior parte dos casos, nos membros inferiores.
Qualquer vaso sanguíneo pode ter a circulação do sangue interrompida ou prejudicada por causa de um coágulo. O fluxo de sangue mais lento ou uma anomalia no organismo, relacionada à coagulação, são as principais razões que favorecem a formação do coágulo.
É o sangue que leva os nutrientes necessários ao bebê para que ele possa se desenvolver. O corte ou a diminuição do fluxo que a existência de um coágulo pode provocar nas veias da placenta gera riscos para a criança e para a mulher. Dependendo do nível de obstrução venosa, o bebê pode até falecer. O risco maior, para a grávida, é de que ocorra uma embolia pulmonar.
A saúde da mãe e do filho corre menos perigo quando ambos têm o acompanhamento médico necessário. A mulher deve seguir com rigor as orientações dos profissionais de saúde que lhe prestam assistência e sempre recorrer aos especialistas quando surgir dúvidas ou sentirem que algo não vai bem.
Material escrito por: Dr. Eduardo Diniz
Cirurgião vascular - CRM/DF 11.870
Formado em medicina pela Universidade Federal do Ceará, é especialista em Cirurgia Geral, Angiologia e Cirurgia Vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Diretor Técnico Médico:
Dr. Marco Edoardo Bezerra de Melo CRM/DF: 10.711