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Por: - Cirurgião vascular - CRM/DF 10.711
Publicado em 20/01/2020

Principais causas e tratamentos para varizes pélvicas

Principais causas e tratamentos para varizes pélvicas

As varizes que se desenvolvem nos membros inferiores já são bastante conhecidas por grande parte dos pacientes, mas o que pouca gente sabe é que as veias varicosas também podem aparecer na região da pelve. Embora não tenha uma cura definitiva, existem tratamentos para varizes pélvicas que podem amenizar os sintomas do problema.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBAVC), a condição pode afetar até 30% das mulheres, mas ainda é comum que muitas pacientes não tenham conhecimento sobre a doença.

E você, já ouviu falar em varizes pélvicas? Neste artigo, reunimos as principais informações sobre o tema para que você possa conferir as causas, sintomas e tratamentos deste tipo de varizes. Continue a leitura e saiba mais!

O que são varizes pélvicas?

As varizes pélvicas são veias dilatadas que surgem na região da pelve, principalmente ao redor do útero, trompas e ovários. Na anatomia feminina, as veias gonadais ou ovarianas são de extrema importância para a drenagem venosa da pele. Quando essas veias passam a ter dificuldade para realizar o retorno do fluxo sanguíneo ao coração ocorre o aparecimento das varizes pélvicas.

Quais são as principais causas?

As varizes pélvicas possuem duas causas principais. A primeira delas é a hereditariedade, ou seja, pacientes que apresentam histórico familiar da doença têm mais chances de desenvolver o problema ao longo da vida. Contudo, grande parte dos casos de varizes que surgem na região da pelve estão relacionadas à gravidez.

Isso porque, durante a gravidez, as veias pélvicas tendem a se alargar para criar uma boa conexão com o feto e permitir o seu correto desenvolvimento. Se as veias não retornarem ao tamanho normal após o parto, a mulher irá desenvolver varizes pélvicas.

Além disso, o útero cresce muito, fazendo com que a quantidade de sangue na região aumente e sobrecarregue o sistema venoso da pelve, podendo resultar no aparecimento de varizes na região.

O risco é ainda maior para mulheres na faixa etária entre 30 e 50 anos que já passaram por mais de uma gestação e que sofrem com problemas hormonais e distúrbios menstruais irregulares.

Quais são os sintomas?

Os sintomas das varizes pélvicas podem variar de paciente para paciente, mas de maneira geral as mulheres que sofrem com o problema apresentam:

  • dor na região pélvica;
  • dor abdominal;
  • dor durante e após a relação sexual;
  • sensação de peso na região íntima;
  • incontinência urinária;
  • sangramento intenso durante o período menstrual.

Como é feito o diagnóstico?

Os sintomas das varizes pélvicas podem ser confundidos com quadros de gastrite, cólica e até mesmo endometriose. Por isso, o diagnóstico correto do problema só pode ser realizado com a ajuda de exames específicos. Basicamente, o médico solicita a realização de dois exames:

  • Eco Doppler: permite avaliar o fluxo sanguíneo da parte inferior do abdômen e verificar se elas são insuficientes para a circulação sanguínea.
  • Angiotomografia: trata-se de uma tomografia computadorizada que permite avaliar de maneira precisa as veias pélvicas.

Quais são os tratamentos para varizes pélvicas?

O tratamento para varizes pélvicas deve ser realizado de acordo com o quadro de cada paciente. Nos estágios iniciais, o problema pode ser tratado com medicamentos específicos que ajudam a diminuir a dilatação das veias e amenizar os sintomas.

Se o tratamento medicamentoso não for suficiente, é necessário realizar um procedimento cirúrgico, que pode ser feito de duas formas:

 

  • Cirurgia laparoscópica: é feita uma ligadura dos vasos dilatados para que o sangue circule apenas nas veias que estão saudáveis. O procedimento é realizado sob anestesia geral e requer internação hospitalar.

 

 

  • Embolização: através de uma pequena incisão na virilha, o médico realiza a colocação de pequenas molas dentro das veias pélvicas dilatadas com o objetivo de bloquear o fornecimento de sangue e aumentar a força da parede das veias. A técnica é minimamente invasiva, sendo a mais utilizada no tratamento para varizes pélvicas.

 

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    Material escrito por:
    Cirurgião vascular - CRM/DF 10.711

    Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular. O médico é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Dedica-se ao estudo e manutenção de acessos vasculares para tratamentos como hemodiálise e quimioterapia, além do tratamento de varizes e fleboestética (cirurgias, microcirurgias, laser e espuma densa).

     

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