Orientações e dicas

Por: - Cirurgião vascular - CRM/DF 11.886
Publicado em 21/05/2019 - Atualizado 29/05/2019

Qual é a indicação para a escleroterapia?

Qual é a indicação para a escleroterapia?

As varizes são um problema comum aos brasileiros. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), cerca de 35,5% da população sofre com varizes, em maior ou menor grau. Para tratar a doença, a indicação pode ser a escleroterapia, um método moderno, revolucionário e eficaz para combater as varizes.

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Muita gente acha que as varizes provocam apenas desconforto estético. Mas, se não tratado, o problema pode evoluir para quadros mais graves, causando forte dor, queimação, sensação de peso, além de aumentar as chances de desenvolvimento de trombose, que pode colocar a vida do paciente em risco.

Afinal, o que é escleroterapia?

Escleroterapia é uma técnica não cirúrgica para tratar varizes. Considerada um dos tratamentos mais modernos e eficazes que existem, atualmente, o procedimento é capaz de eliminar as veias dilatadas e oferecer um aspecto saudável às pernas do paciente.

De maneira geral, a escleroterapia provoca uma reação inflamatória na veia doente, gerando uma espécie de cicatriz que irá obstruir a circulação sanguínea no local. Com isso, o sangue passa a buscar novas veias e o resultado é o desaparecimento das varizes.

Indicação para a escleroterapia

Um dos grandes benefícios do procedimento é que ele é indicado para praticamente todos os casos de varizes. A escleroterapia utiliza técnicas capazes de tratar desde as telangiectasias, que são vasos finos, avermelhados, passando pelas veias reticulares azuis., até varizes mais grossas.

Tipos de escleroterapia

Existem três formas de realizar a escleroterapia. Em alguns casos, pode ser recomendado a associação dos métodos, para que o tratamento seja mais eficiente e traga os resultados esperados pelo paciente.

Escleroterapia com substância líquida

O procedimento consiste na introdução de um medicamento líquido dentro da veia, e é realizado com o auxílio de uma seringa. O tipo de substância pode variar de acordo com a recomendação médica, mas todos os líquidos geram uma reação química na veia, fazendo-a endurecer, fibrosar e desaparecer, naturalmente.
Esse procedimento é mais indicado para as fases iniciais da doença, quando as varizes ainda estão finas e superficiais. Quando o medicamento é administrado de modo resfriado, chamamos o método de crioescleroterapia.

Escleroterapia com espuma

A escleroterapia com espuma é um dos métodos mais indicados para tratar varizes mais grossas e em estágios mais avançados. O cirurgião vascular utiliza o ultrassom para localizar, com precisão, a veia a ser tratada. E, com o uso de uma seringa, aplica-se um medicamento que forma uma espuma, após ser agitado.
O equipamento também permite ao profissional acompanhar o que acontece no interior da veia, durante a aplicação de espuma. Dentro do organismo, a substância se expande e adere às paredes do vaso sanguíneo doente, ocupando o espaço do sangue acumulado e provocando uma inflamação na veia. A ausência de sangue torna a veia inoperante e ela seca.

Escleroterapia com laser

Diferente do  realizado com a escleroterapia com espuma ou substância líquida, o procedimento a laser emite ondas de calor que provocam aumento da temperatura no interior da veia e causam uma reação inflamatória no local. Pacientes de pele negra ou muito bronzeada devem evitar este tipo de tratamento.

Riscos da escleroterapia

O procedimento envolve riscos mínimos. E, em alguns casos, pode ocorrer escurecimento da pele na região, que tende a desaparecer em até 3 meses. Algumas complicações mais graves incluem:

  • trombose venosa;
  • infecções;
  • flebite superficial.

A importância do médico vascular para aplicação de escleroterapia

A indicação para a escleroterapia só deve ser realizada para pacientes saudáveis, após uma avaliação criteriosa da saúde do paciente. Somente um médico vascular é capaz de orientar sobre o tratamento mais adequado para cada caso e realizar o procedimento, de maneira segura e eficaz.

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    Material escrito por:
    Cirurgião vascular - CRM/DF 11.886

    Formado em medicina pela Escola de Ciências Médicas de Alagoas, é especialista em Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular e certificado na atuação em Ecografia Vascular. O médico é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e do serviço de cirurgia vascular do Hospital de Base do Distrito Federal.

     

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