O filtro de veia cava é um dispositivo metálico que os médicos colocam em uma veia que fica dentro do abdome (a veia cava) para impedir que os coágulos (trombos) que provocam a Trombose Venosa Profunda (TVP) causem embolia pulmonar, ou seja, o entupimento das artérias do pulmão.
O procedimento é realizado sempre que:
O procedimento de colocação de filtro de veia cava é realizado sob anestesia local, com sedação, para o conforto do paciente. Através de uma pequena punção, o médico acessa o sistema vascular e posiciona o filtro abaixo das veias renais, com o auxílio de um raio X. Todo o processo dura, aproximadamente, 30 minutos.
O filtro pode ser colocado tanto por via femoral (região da virilha) quanto por via jugular (região do pescoço). A incisão para implantá-lo varia entre três e cinco milímetros.
Após o procedimento, é necessário comprimir o local da punção e o paciente deve permanecer em repouso por cerca de seis horas, sem movimentar a região em que foi feita a incisão devido ao risco de sangramento.
O cirurgião vascular precisa ter experiência em procedimentos percutâneos e cirurgia endovascular, além de familiaridade com o manuseio do filtro, para que tudo ocorra de forma segura e sem grandes riscos de haver complicações. Também deve realizar a colocação do dispositivo em um centro cirúrgico.
Pacientes que utilizam filtros de veia cava têm menor incidência de embolia pulmonar, mas o tratamento só é recomendado para pessoas que não podem usar anticoagulantes para tratar a trombose venosa profunda ou para os casos em que a formação de coágulos é recorrente, apesar do tratamento farmacológico adequado.
No entanto, a colocação de filtro de veia cava não dispensa o uso do medicamento para evitar a formação de coágulos no sangue. O remédio faz parte do tratamento e deve ser utilizado quando não for mais contraindicado.
Em alguns casos, o uso do filtro é uma solução temporária, usada até que seja possível realizar ou retomar o tratamento da trombose com anticoagulante. O dispositivo é removido quando o medicamento passa ou volta a ser a principal abordagem terapêutica para tratar a doença.