Por: Dra. Maria Betânia da Silva Barbosa Marinho Publicado em 01/12/2017 - Atualizado 31/01/2019
A úlcera venosa é causada pela insuficiência superficial ou profunda da circulação do sangue nas veias. A estimativa é de que 75% dos casos são consequência da hipertensão venosa e de que 3,5% das pessoas com mais de 65 anos de idade será afetada pelo problema.
A insuficiência venosa se manifesta quando as veias falham em levar o sangue de volta ao coração. A predisposição genética é o principal fator de risco para o surgimento da doença, mas não é o único responsável pelos danos que os vasos sanguíneos sofrem. Ela se sobressai quando associa-se com o sedentarismo, a obesidade e à falta de prevenção das varizes.
Os sinais e sintomas clínicos da insuficiência venosa são:
Muitas pessoas ignoram os primeiros sinais da doença e deixam de ir ao médico para não precisar interromper as atividades diárias. Nesses casos, é comum aliviar sintomas como a dor com automedicação. Por fim, quando buscam ajuda especializada, o quadro de varizes já está agravado, e a pele da região afetada já está escura, com edema e descamando.
Dar atenção à dor e ao inchaço nas pernas é o primeiro passo para evitar que a úlcera venosa se forme. Esses sintomas manifestam-se, na maior parte dos casos, no fim do dia e diminuem quando se permanece em repouso com a perna elevada.
A região da perna que geralmente é afetada pelas úlceras venosas é a chamada área da polaina ou da perneira. O diagnóstico para confirmar a existência da doença depende não só de um minucioso exame clínico, como também de outros procedimentos capazes de avaliar a circulação venosa.
A terapia mais usada como forma de tratamento é a compressão, realizada para reduzir a pressão venosa no sistema superficial, facilitar o retorno venoso do sangue até o coração, aumentando a velocidade do fluxo nas veias profundas, e diminuir o edema.
Mas somente isso não basta para curar uma úlcera venosa. Também é preciso identificar fatores que possam retardar ou dificultar a cicatrização, como limitações de mobilidade, desnutrição, obesidade e problemas dermatológicos.
Alguns estudos informam que o tempo médio necessário para tratar uma úlcera é de seis meses a um ano. Quem faz o acompanhamento adequado com o cirurgião vascular e realiza os check-ups conforme o recomendado, nem precisa dispor desse tempo porque o cuidado evita que as úlceras se formem. Portanto, o melhor é investir na prevenção.