Por: Dr. Marco Edoardo Araujo Bezerra de Melo - Cirurgião vascular - CRM/DF 10.711
Publicado em 01/08/2018 - Atualizado 31/01/2019
A dor na panturrilha, em alguns casos, pode estar sinalizando um quadro de claudicação intermitente. Isso acontece pois, ao se exercitar, os músculos tendem a consumir mais oxigênio do que quando encontram-se em repouso. Por isso, ao caminhar, se houver alguma deficiência na irrigação vascular, ocasionada por uma obstrução arterial, por exemplo, o indivíduo deverá parar o exercício em decorrência da dor.
De uma maneira geral, a claudicação intermitente é uma sensação de dor em uma ou ambas as pernas. Acontece muito frequentemente nos músculos da panturrilha, dificultando o caminhar e outros movimentos. Isso se dá no momento dos exercícios ou caminhada, em consequência do déficit de oxigênio de suprimento muscular.
Portanto, fique atento às dores frequentes na panturrilha pois pode estar demonstrando o primeiro sintoma da claudicação intermitente. Caso isso ocorra, procure ajuda médica para a confirmação do problema.
A principal causa da claudicação intermitente é a insuficiência circulatória, decorrida pelo estreitamento das artérias que irrigam os membros inferiores por placas de gordura ou ateromas, em decorrência da arteriosclerose. Por isso, a claudicação intermitente pode estar indicando a arteriosclerose em outras partes do corpo, como o sistema nervoso central e o coração, por exemplo.
Os fatores de risco da claudicação intermitente constituem em:
O diagnóstico da claudicação intermitente é de caráter clínico. O médico irá questionar o histórico do paciente, recorrer a exames físicos, avaliação dos pulsos e eventuais sopros cardíacos. Se necessário, o especialista ainda solicitará um teste de caminhada na esteira, além de outros exames como angiotomografia computadorizada, ecografia com Doppler, angiografia ou angiorressonância magnética.
Fora a manifestação de incômodo na panturrilha, os principais sintomas da claudicação intermitente surgem no início de atividades físicas, principalmente caminhadas. São eles: cansaço, câimbra, dor, peso e fraqueza nas pernas (panturrilha, na maioria das vezes), além de nádegas, quadris, coxas canelas ou parte superior dos pés.
As dores se intensificam à medida que os exercícios também aumentam e desaparecem quando as atividades são interrompidas. A dor pode se agravar quando há elevação do membro inferior.
Caso o quadro se agrave, as caminhadas ficam cada vez mais difíceis e até o estado de repouso torna-se incômodo, assim como interfere no sono do paciente. À medida que a redução da irrigação sanguínea se acentua, é possível que:
Para tratar o problema, será indicado, primeiramente, exercícios físicos adequados e programados para cada paciente. Caminhadas ao ar livre ou sob a esteira é uma ótima maneira de lidar com a claudicação intermitente. Outras opções, dependendo de cada caso são:
Se você sente dores com frequência durante os exercícios físicos procure um profissional especializado. Só assim você poderá tratar adequadamente seus sintomas para garantir o rendimento no exercício e qualidade de vida para seu dia-a-dia.
Material escrito por: Dr. Marco Edoardo Araujo Bezerra de Melo
Cirurgião vascular - CRM/DF 10.711
Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular. O médico é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Dedica-se ao estudo e manutenção de acessos vasculares para tratamentos como hemodiálise e quimioterapia, além do tratamento de varizes e fleboestética (cirurgias, microcirurgias, laser e espuma densa).
Diretor Técnico Médico:
Dr. Marco Edoardo Bezerra de Melo CRM/DF: 10.711