Por: Dr. Rodolpho Alves dos Reis - Cirurgião vascular - CRM/DF 13.263
Publicado em 03/07/2017 - Atualizado 31/01/2019
Em alguns casos, operar as varizes é a melhor maneira de tratá-las. Principalmente, quando são um incômodo muito grande e representam um risco para a saúde. A eliminação das veias doentes extingue os sintomas provocados pela condição, como dor, inchaço, sensação de peso nas pernas, cãibras e formigamento, e melhora o bem-estar de quem se submete à cirurgia.
As técnicas utilizadas extraem ou destroem o vaso já comprometido, para que ele não prejudique mais o bom funcionamento da circulação sanguínea. Dessa forma, não há como a veia voltar a afetar o organismo. Nada impede, no entanto, que a condição reapareça ao longo do tempo. Nesse caso, a necessidade de operar as varizes novamente é avaliada pelo cirurgião vascular.
Nenhum dos vasos retirados ou neutralizados no procedimento faz falta à circulação sanguínea. Afinal, eles já não desempenhavam suas funções como deveriam antes da operação. Ou seja, o organismo já estava habituado a trabalhar sem eles.
Outras dúvidas que, geralmente, as pessoas têm em relação a operar as varizes são as seguintes:
Alguns cirurgiões vasculares recomendam aos pacientes que operem as varizes o quanto antes. Já outros preferem realizar um tratamento clínico primeiro e indicar a cirurgia somente depois, caso considerem o procedimento realmente necessário.
A não realização do tratamento no período recomendado pode aumentar o risco de ocorrerem complicações. As mais comuns são a tromboflebite e as tromboses superficiais. A má circulação também pode favorecer a formação de coágulos, que podem resultar em embolias pulmonares.
As cicatrizes que surgem após uma pessoa operar as varizes são quase imperceptíveis, pois as incisões realizadas na pele para tratar as veias doentes são muito pequenas. Em situações raras, podem ocorrer queloides ou cicatrizes hipertróficas.
É preciso iniciar o jejum, inclusive de água, oito horas antes da cirurgia. O médico deve ser informado sobre os medicamentos em uso e o histórico de saúde.
Imediatamente após a cirurgia, é necessário permanecer em repouso na sala de recuperação anestésica por cerca duas horas. Passado esse tempo, segue-se dando atenção aos cuidados pós-operatórios no quarto do hospital ou da clínica. A primeira refeição é liberada depois que o efeito da anestesia passar completamente.
No mesmo dia da cirurgia, pode ser que o médico dê permissão para que sejam realizados pequenos deslocamentos dentro do próprio quarto, mas a recomendação é de que as pernas sejam mantidas elevadas. Por um tempo, não será possível sentar ou permanecer em pé durante longos períodos sem se mexer.
O retorno para casa acontece no mesmo dia e, dependendo do tipo de cirurgia, é indicado continuar em repouso por cerca de cinco a sete dias.
Operar as varizes só deixa de ser uma opção de tratamento para pessoas muito idosas e que tenham algum problema de saúde, como problemas cardíacos e pulmonares não compensados.
O melhor é discutir essa possibilidade com um médico para que ele avalie qual ou quais tratamentos podem ser feitos para as varizes quando a cirurgia não for uma alternativa. Algumas opções, nesse caso, são a crioescleroterapia, a escleroterapia convencional e a com espuma densa, e o laser.
Material escrito por: Dr. Rodolpho Alves dos Reis
Cirurgião vascular - CRM/DF 13.263
Formado em medicina pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, é especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular periférica, atua no atendimento de pacientes com patologias vasculares diversas. Dedica-se ao tratamento de varizes com laser, aplicações de espuma ecoguiada e ecografia vascular.
Diretor Técnico Médico:
Dr. Marco Edoardo Bezerra de Melo CRM/DF: 10.711