Orientações e dicas

Por: - Cirurgião vascular - CRM/DF 13.263
Publicado em 25/11/2018 - Atualizado 31/01/2019

11 fatores para você se atentar sobre a trombose

11 fatores para você se atentar sobre a trombose

Chamamos de trombose venosa, quando um coágulo se forma dentro de uma veia do corpo humano. Por isso, é muito importante estar atento ao que desencadeia um quadro de trombose venosa, para que seja possível preveni-la, já que a doença apresenta poucos sintomas.

Mas você conhece os principais fatores de risco para a trombose? O artigo a seguir alerta para a predisposição de desenvolver uma crise de trombose. Fique atento e anote:

Como acontece um quadro de trombose?

Como dissemos anteriormente, a trombose venosa acontece quando há a formação de um coágulo dentro de uma veia do organismo. Por sua vez, esse coágulo pode se manifestar de maneira superficial ou de forma profunda.

A trombose venosa superficial acontece quando o coágulo se encontra em uma veia debaixo da pele (subcutânea). Já a trombose venosa profunda se dá quando a veia atingida se localiza mais profundamente, como no interior dos músculos das pernas. O mais provável é que quando aconteça, a trombose venosa surja nas pernas, embora também possa acometer em qualquer veia do corpo.

É importante orientar que algumas alterações na saúde venosa podem contribuir para que a trombose venosa aconteça. Por exemplo:

  • lesão endotelial: quando acontece uma lesão na parede interna da veia;
  • estase: quando há algum problema na circulação sanguínea;
  • aumento da viscosidade sanguínea: quando o sangue se torna mais espesso do que o normal.

Ou seja, todos esses fatores na saúde venosa podem desencadear uma crise de trombose. Continue lendo para saber um pouco quais são as características, atitudes e hábitos que podem levar o organismo a sofrer essas alterações.

Conheça 11 fatores de risco para a trombose

Para prevenir um episódio de trombose venosa, conheça os principais fatores de risco para o problema:

1. Mobilidade reduzida

Quando a pessoa não consegue se locomover normalmente, seja em decorrência de alguma limitação cirúrgica ou pelo indivíduo ser naturalmente incapaz de se movimentar, o risco de trombose venosa aumenta.

2. Histórico de Trombose Venosa

Indivíduos que já passaram por algum episódio de trombose venosa sem causa aparente estão mais predispostos a desenvolver o problema ao passar por uma situação de risco, como algum procedimento cirúrgico.

Além disso, casos de trombose venosa profunda na família aumentam as chances da pessoa desenvolver o problema, independente de fatores que possam contribuir para problemas de coagulação. Ou seja, só o fato de ter familiares que passaram pelo episódio, a possibilidade encontra-se aumentada e a atenção deve ser maior, nesse caso. Investigue o histórico familiar e, se necessário, faça visitas regulares ao angiologista.

3. Obesidade

Pessoas que apresentam índice de massa corpórea (IMC) maior que 30kg/m2 e circunferência abdominal aumentada estão mais predispostos a desenvolver um quadro de trombose.

4. Varizes

A presença de varizes é um dos fatores para o desenvolvimento da trombose, embora seja uma condição de baixo risco. De qualquer forma, é indicado ter atenção à saúde vascular.

5. Lesão medular

Quando o indivíduo passa por uma lesão na medula, a imobilidade dos primeiros meses podem contribuir para que o problema se desenvolva.

6. Viagens longas

Viagens acima de 3 horas contribuem para um episódio de trombose venosa, mas não se assuste, isso se dá quando associada a algum outro fator de risco.

Qualquer viagem que contribua a uma imobilidade prolongada se caracteriza como um agravante, seja de avião, ônibus, carro ou trem. Se você for viajar procure movimentar-se a cada uma hora, caminhando e ficando em pé.

7. Cirurgias

Cirurgias que exigem um tempo longo de recuperação também colaboram para um quadro de trombose venosa. Dentre elas, podemos citar a cirurgia de prótese total de quadril, prótese no joelho e correção de fratura do fêmur.

8. Condições clínicas

Algumas condições clínicas também aumentam o risco do problema. As mais comuns são:

  • pneumonia;
  • doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • acidente vascular cerebral (AVC);
  • infarto agudo do miocárdio;
  • insuficiência cardíaca congestiva de grau III e IV;
  • internação em unidade de terapia intensiva (UTI);
  • utilização de cateter venoso central.

9. Câncer

Alguns tipos de câncer estão relacionados à maior predisposição de desenvolver trombose venosa. Por exemplo: câncer de intestino, câncer de pâncreas, câncer de pulmão e câncer de cérebro.

Outro fator importante é que um quadro de trombose venosa pode estar relacionado ao primeiro sinal de um câncer ainda não diagnosticado e nem manifestado.

10. Quimioterapia

O processo de quimioterapia e seus medicamentos podem aumentar o risco de desenvolver trombose venosa. Esses pacientes precisam redobrar o cuidado e ter acompanhamento contínuo com um especialista que poderá orientar melhor sobre sua saúde.

11. Idade

Naturalmente, pessoas com mais de 40 anos estão mais predispostas a desenvolver trombose venosa, quando comparadas às pessoas mais jovens. Além disso, acima dos 60 anos, esse risco aumenta ainda mais.

Visite um angiologista regularmente

É importante orientar que quando a trombose acontece, esta deve ter cuidado imediato para evitar complicações mais severas. Por isso, caso você se identifique com algum dos fatores de risco mencionados no artigo, esteja atento para um possível quadro de trombose venosa.

Aproveite para ler nosso blog e reconhecer os sintomas da trombose e como funciona o tratamento para a trombose venosa profunda.

Faça consultas regulares com um angiologista e cuide da sua saúde para evitar que o problema aconteça.

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    Material escrito por:
    Cirurgião vascular - CRM/DF 13.263

    Formado em medicina pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, é especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular periférica, atua no atendimento de pacientes com patologias vasculares diversas. Dedica-se ao tratamento de varizes com laser, aplicações de espuma ecoguiada e ecografia vascular.

     

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