Orientações e dicas

Por: - Cirurgião vascular - CRM/DF 13.263
Publicado em 05/12/2019 - Atualizado 18/12/2019

Fotopletismografia tudo o que você precisa saber sobre o exame!

Fotopletismografia tudo o que você precisa saber sobre o exame!

Os problemas de circulação sanguínea nem sempre apresentam sinais aparentes. Em muitos casos, o paciente pode estar com insuficiência venosa, mas só apresentar sintomas específicos após a manifestação de alguma doença vascular. Para garantir um diagnóstico precoce e preciso, a fotopletismografia é um dos exames mais utilizados para avaliar a circulação venosa do paciente.

Isso porque a avaliação clínica dos membros inferiores nem sempre é suficiente para identificar uma possível alteração no fluxo sanguíneo. Nesses casos, a realização de exames complementares é extremamente importante para auxiliar no correto diagnóstico e tratamento de complicações vasculares.

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Neste artigo, vamos explicar o que é fotopletismografia, como é realizada, indicações e quais são os resultados e tratamentos indicados pelo exame. Acompanhe!

O que é fotopletismografia?

A fotopletismografia é um exame complementar responsável por avaliar e detectar a insuficiência venosa e a eficiência da bomba muscular periférica. O procedimento permite analisar o tempo de preenchimento venoso, fornecendo um parâmetro objetivo de quantificação do refluxo venoso e potência muscular, além de avaliar a quantidade de sangue que chega em cada membro do corpo.

A realização do exame é fundamental para diferenciar a causa de inchaço e dores nas pernas, causados pela insuficiência venosa ou pela fraqueza da bomba muscular. Dessa forma, a fotopletismografia fornece informações importantes que não podem ser obtidas com a realização de outros exames vasculares.

Como o exame é realizado?

Para a realização do exame, o médico utiliza um aparelho denominado fotopletismógrafo, que emite raios infravermelhos que causam reflexos nos glóbulos vermelhos presentes nas veias do paciente. As imagens são transmitidas para um computador, permitindo que o profissional visualize detalhadamente o fluxo sanguíneo do paciente.

O aparelho é colocado no pé e é necessário contrair repetidamente os músculos da panturrilha para esvaziar o sangue das veias da região. Em seguida, avalia-se o tempo de reenchimento venoso, permitindo conhecer a quantificação do refluxo venoso.

O procedimento é indolor, não invasivo, não exige nenhum preparo prévio, dura aproximadamente 10 minutos e não oferece nenhum risco ao paciente.

Quando é indicado?

O exame é indicado para pacientes com suspeita de doenças venosas dos membros inferiores. Dessa forma, a fotopletismografia é recomendada para os seguintes casos:

  • sensação de peso ou cansaço nas pernas;
  • medição da potência da bomba venosa;
  • determinação do grau de insuficiência venosa;
  • avaliação de dor, de origem, incerta na perna;
  • avaliação de progressão da patologia venosa;
  • diagnóstico rápido da função venosa em gestantes e acamados;
  • diferenciação entre estados venosos saudáveis e patológicos.

Além disso, o exame é recomendado como medida de acompanhamento da saúde vascular de pacientes que estão no pré ou pós-operatório da cirurgia de varizes, uma vez que fornece medidas objetivas para verificar a mudança do fluxo venoso nas pernas.

Quais os principais resultados do exame?

Os resultados do exame dependem da finalidade com que o procedimento foi realizado. No caso de o exame ter sido realizado com o objetivo de identificar possíveis complicações na circulação venosa, os resultados podem apontar indicativo de Insuficiência Venosa Crônica e a causa de inchaço e dores nas pernas.

Já no caso de pacientes candidatos à cirurgia de varizes ou que já realizaram o procedimento, os resultados do exame podem indicar necessidade de cirurgia ou melhora dos sintomas após a intervenção cirúrgica.

Tratamentos indicados pela fotopletismografia

Com os resultados da fotopletismografia, é possível identificar o tratamento mais recomendado para cada caso. De acordo com a necessidade individual do paciente, o médico responsável orienta sobre qual a melhor forma de tratar uma complicação apontada pelo exame.

De maneira geral, o tratamento pode ser clínico, cirúrgico ou apenas preventivo. Vale ressaltar que cada doença vascular exige um tratamento específico, portanto é preciso seguir as orientações médica e jamais realizar algum tipo de tratamento sem o acompanhamento de um profissional.

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    Material escrito por:
    Cirurgião vascular - CRM/DF 13.263

    Formado em medicina pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, é especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular periférica, atua no atendimento de pacientes com patologias vasculares diversas. Dedica-se ao tratamento de varizes com laser, aplicações de espuma ecoguiada e ecografia vascular.

     

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