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Por: - Cirurgião vascular - CRM/DF 11.870
Publicado em 17/10/2019

Fotopletismografia venosa: como funciona?

Fotopletismografia venosa: como funciona?

Em nosso organismo, o fluxo sanguíneo precisa ocorrer de maneira contínua e adequada para que todo o corpo receba o oxigênio e nutrientes necessários. Quando isso não acontece, podemos estar diante de um quadro de insuficiência venosa, uma condição que pode ser facilmente identificada pela fotopletismografia venosa e, assim, garantir o tratamento adequado para cada paciente.

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A insuficiência venosa é caracterizada por uma lesão nas veias – sobretudo dos membros inferiores – que impede a correta circulação sanguínea e resulta em um conjunto de alterações que ocorrem na pele e no tecido subcutâneo. Quando não tratados, os problemas decorrentes da má circulação do sangue podem evoluir e causar graves complicações à saúde.

Para que isso não aconteça, é fundamental realizar o diagnóstico precoce. Nesse momento, a fotopletismografia venosa é uma importante aliada e pode fazer toda a diferença. Saiba mais sobre o exame!

O que é fotopletismografia venosa?

A fotopletismografia venosa é um exame complementar capaz de detectar a insuficiência venosa nas pernas e problemas na bomba muscular periférica. Apesar do caráter complementar, trata-se de um procedimento que obtém dados relevantes que outros exames vasculares não conseguem revelar.

O exame tem a finalidade de avaliar o tempo de preenchimento venoso, fornecendo um parâmetro objetivo de quantificação do refluxo venoso e potência muscular. Com essas informações, é possível diferenciar a causa de inchaço e dores nas pernas, causados pela insuficiência venosa ou pela fraqueza da bomba muscular.

Além disso, o exame também é importante para garantir uma avaliação precisa do pré e pós-operatório de cirurgia de varizes, uma vez que fornece medidas objetivas para verificar a mudança do fluxo venoso nas pernas.

Como o exame é realizado?

O exame começa com a fixação de um aparelho denominado fotopletismógrafo, que é responsável por emitir raios infravermelhos capazes de emitir reflexos nos glóbulos vermelhos presentes nas veias. O paciente deve contrair os músculos da panturrilha de maneira contínua para esvaziar o sangue presente nas veias do pé.

Esse movimento permite que o médico avalie o tempo de preenchimento venoso, permitindo conhecer a quantificação do refluxo venoso. Com duração aproximada de cerca de 10 minutos, o exame é indolor, seguro, não invasivo e dispensa preparo prévio.

Quando é indicado?

Como a fotopletismografia venosa é realizada para diagnosticar doenças venosas dos membros inferiores e acompanhar pacientes candidatos à cirurgia de varizes, o exame é indicado para as seguintes situações:

  • sensação de peso ou cansaço nas pernas;
  • medição da potência da bomba venosa;
  • determinação do grau de insuficiência venosa;
  • avaliação de dor, de origem, incerta na perna;
  • avaliação de progressão da patologia venosa;
  • avaliação da necessidade de cirurgia ou outra intervenção médica;
  • diagnóstico rápido da função venosa em gestantes e acamados;
  • diferenciação entre estados venosos saudáveis e patológicos.

O que a fotopletismografia pode indicar?

Os principais resultados do exame indicam o quadro de insuficiência venosa e a melhor do quadro após a realização da cirurgia de varizes, caso o procedimento seja realizado após a operação. Além disso, também pode indicar a  necessidade de realização da cirurgia, mas vale lembrar que somente o médico angiologista ou cirurgião vascular devem orientar sobre o tratamento mais adequado para cada paciente.

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco ou deixe suas perguntas nos comentários. Será um prazer esclarecer seus questionamentos!

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    Material escrito por:
    Cirurgião vascular - CRM/DF 11.870

    Formado em medicina pela Universidade Federal do Ceará, é especialista em Cirurgia Geral, Angiologia e Cirurgia Vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

     

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