Por: Dra. Maria Betânia da Silva Barbosa Marinho Publicado em 16/01/2017 - Atualizado 31/01/2019
Como tratar as varizes? Existem algumas maneiras: cirurgia, crioescleroterapia, alguns tipos de escleroterapia, laser e microcirurgia. Todos são tratamentos eficazes, mas sua resolutividade está diretamente relacionada às varizes a serem tratadas. O tratamento com escleroterapia de telangiectasias, por exemplo, é usado para cuidar dos conhecidos vasinhos.
Consiste na aplicação de um líquido esclerosante diretamente nos vasos formados sob a pele com o uso de microagulhas. As pequenas veias dilatadas próximas à superfície da pele medem entre 0,1 e um milímetro. O líquido “seca” os vasos, impedindo que o sangue siga passando por eles. A circulação continua ocorrendo nas veias saudáveis, sem comprometer o bom funcionamento do sistema circulatório.
O tratamento com escleroterapia de telangiectasias somente pode ser executado e prescrito por um médico especialista em cirurgia vascular. Geralmente, é indicado apenas para essas pequenas veias que já não funcionam normalmente.
É um procedimento simples, mas que exige perícia para identificar os vasos a serem tratados e injetar o esclerosante. Pode ser realizado no consultório do próprio cirurgião vascular, desde que ele possua qualificação para fazê-lo. Não há necessidade de permanecer internado no hospital por nenhum período após o tratamento ou ficar de repouso e nem é preciso se submeter à anestesia para que a injeção seja aplicada. Depois de a sessão ser finalizada, já é possível retornar às atividades cotidianas.
O procedimento é feito em sessões, portanto, pode ser que seja preciso retornar ao consultório do cirurgião vascular mais algumas vezes após a primeira sessão para completar o tratamento. O número de sessões que terão de ser feitas até que todas as telangiectasias (os vasinhos) sejam tratadas é definido pelo médico, de acordo com a evolução do tratamento.
Podem ocorrer algumas reações na pele, como manchas escuras próximo à região em que foram realizadas as injeções. Na maioria dos casos, as marcas somem depois de um tempo, mas há situações em que a paciente precisa consultar um dermatologista para recuperar a tonalidade da pele. A formação de pontos escuros nos trajetos do vaso e de caroços no local das aplicações são outros efeitos colaterais possíveis da escleroterapia de telangiectasias.
Em até três anos após o primeiro tratamento existe a possibilidade de os vasinhos voltarem a se formar em outras áreas da perna ou do corpo (face, ao redor do nariz, nas bochechas, queixo e abdome). A maneira mais adequada de preveni-los é manter as consultas periódicas com o cirurgião vascular e seguir as orientações médicas.